Lembro-me um pouco sobre as primeiras iniciativas de venda de marcas de grandes artistas mundiais associado-as a produtos e serviços diversos, empresários de bandas de música começaram a explorar o estilo de roupas e as marcas relacionadas ao artista, logo, um “famoso” poderia sugerir a compra de um produto especial para os seus fãs.
As pessoas que gostam de uma determinada banda se torna um fã, hoje conhecido como apenas seguidor, então esta pessoa originalmente consumia os itens da banda musical, citando um exemplo, quem gostava da famosa banda Rolling Stones, comprava a sua famosa camiseta preta com uma boca grande e vermelha, com a língua para fora.
Então as marcas das bandas, começaram a ganhar valor, hoje em dia uma marca de um artista famoso, vale muito mais do que a soma da venda de músicas do artista, a marca original associada a produtos é um mercado gigantesco, que permite o artista continuar faturando, mesmo sem lançar nenhuma música nova.
Aliás, não precisa nem ser ter uma banda musical para influenciar o consumidor, qualquer famoso pode lançar processos de venda de sua marca pessoal.
Quem pode ser Influenciador? Quem decide são os influenciados
Quem é fã sabe, é um processo puramente emocional, seguir um artista, uma banda, um escritor é um processo puramente irracional, a pessoa se torna fã por motivos próprios, não cabe aqui debatermos quais são os processos emocionais que disparam esta influência de uns em outros.
O que cabe a nós avaliar é que sim, existe esta relação entre a nossa espécie, milhões de consumidores adotam pessoas completamente desconhecidas que as influenciam onde quer que se dirijam, incluindo comprar produtos anunciados, repetir frases, decorar letras de músicas e em tempos modernos curtir suas publicações em redes sociais e por toda a internet.
Para quem não saiba, a interação com o conteúdo em uma rede social qualquer gera dividendos, quem influencia por meio de um post, recebe por isto, com possíveis propagandas associadas a sua interação na internet, as redes sociais promovem um atendimento especial à quem influencia muito, nunca se esquecendo de um bom pagamento.
Quem pretende encantar o consumidor, deve ter na sua linha estratégica de marketing esta possibilidade de ajudar um influenciador a influenciar. Se o seu produto pode ser impulsionado por um ou mais influenciadores é uma forma de otimizar os investimentos de marketing, tenho certeza que todos os fabricantes de camisetas pretas com bocas vermelhas, foram todos beneficiados pela influência da banda citada no parágrafo anterior, para o azar dos empresários da banda.
Nem sempre é possível cobrar os devidos royalties de todos que se utilizam de uma determinada marca, por isso é que os influenciadores ganham projeção, não é possível copiar uma pessoa em sua complexidade, pelo menos por enquanto ainda não.
Influenciador do futuro, será sintético
A influência de uma pessoa sobre a outra está relacionada a vários fatores, tanto em intensidade, tipo de mensagem propagada, genero sexual, idade e afins, e para pequenas empresas manter um serviço de marketing de influência é inviável, é quando a solução do influenciador sintético ganha força, se hoje por exemplo uma pessoa pesquisa na internet, quanto custa transportar um veículo de um estado para outro, ela busca opiniões alheias sobre o serviço, então o cliente se abre a influência.
Hoje, não sei se você sabe disso, querido leitor, mas existe um comércio de compra e venda de comentários positivos, então aquelas milhares de opiniões associadas a um produto podem ser compradas, por um preço módico, então isto é um tipo de influência sintética já aplicada sobre você.
Parte-se de um princípio de que se o produto tem comentário seja positivo ou negativo, de que a chance de ser uma oferta legítima aumenta muito, então é uma informação que deve fazer parte da estratégia de qualquer um que deseja ampliar as suas vendas. Quer vender mais? Estabeleça uma rotina de coleta de comentários de seus clientes, e se não tiver nenhum, compre já com fornecedores especializados, existem muitos na internet.
Marketing: É a arte da influência
Em todos os setores econômicos a influência de conhecidos e desconhecidos desenha o mercado, um exemplo de influência comum é por exemplo procurar saber onde é que o bairro mais seguro para se residir. Ninguém providencia um estudo de dados de segurança pública em uma determinada região para saber disso, ela pergunta para pessoas que moram no bairro, e as imobiliárias de Goiânia sabem bem disto, e providenciam dados sobre a segurança do bairro em suas iniciativas de venda para imóveis.
Então o marketing sempre tratou de influenciar a decisão de compra das pessoas, o marketing vem sendo adotado também para influenciar comportamentos culturais arraigados, como por exemplo os movimentos sociais, propostas políticas, redução do preconceito e muitos outros fins. deveremos ver o aumento do marketing verde para os próximos anos, mudando comportamentos de consumo.
É a geração dos influenciadores ecológicos, uma nova geração dedicada a promover iniciativas para implementar a nova economia verde, para sorte de todos nós, que precisamos respirar.
Os influenciadores humanos, perdem relevância
A característica natural dos influenciadores é que eles ficam obsoletos, não apenas no sentido de idade, mais na sua imutabilidade, quem influencia em um determinado momento, não significa necessariamente que influenciará no próximo momento. O influenciador possui uma vida útil.
Então do ponto de vista estratégico é necessário investir em um sistema de influência mais perene, que transpasse várias gerações de consumidores, algumas raras iniciativas no mundo empresarial conseguiram alcançar esta marca. Uma que posso citar é o personagem que vendia a marca BomBril, aquele personagem transpassou algumas gerações e virou um influenciador específico para uma marca durante um bom tempo.
Nesta nova geração de influenciadores, não serão mais pessoas, pois justamente elas custam caro para serem criadas e duram pouco, sim amigo leitor, 30 anos passam rápido. Então as marcas estão migrando para influências sintéticas, no sentido de serem geradas por algoritmos de computador, elas podem se adaptar aos interesses específicos de cada consumidor se adaptando rapidamente às mudanças culturais.